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CAPÍTULO 7 - Ficha de Visita Domiciliar e Territorial

Sumário

Objetivo da ficha: registrar a atividade de visita ao cidadão ou a outros pontos do território adscrito da equipe da AB. As informações solicitadas na ficha foram selecionadas segundo a sua importância e por comporem indicadores de monitoramento e avaliação para a AB e para as Redes de Atenção à Saúde.

Profissionais que utilizam esta ficha: o conceito de visita domiciliar foi redefinido. Dessa forma, agora é considerado apenas de competência do agente comunitário de saúde (ACS) e do agente de combate às endemias (ACE). Para todos os outros profissionais de saúde, nível médio e nível superior redefiniu-se como atendimento individual, e o local - domicílio.

a Ficha de Visita Domiciliar e Territorial é de uso exclusivo do ACS e do ACE. Para os demais profissionais, a visita domiciliar é definida como atendimento realizado no domicílio, e deve ser registrada na Ficha de Atendimento (Individual/Odontológico Individual), especificando, no campo “Local de Atendimento”, 04 - Domicílio.

Preencher no momento da visita. Caso não seja possível, pode ser preenchida logo após o término da visita. A seguir, serão apresentados os campos e as orientações sobre como preenchê-la. Os campos assinalados com asterisco (/*) são de preenchimento obrigatório.

7.1 Cabeçalho

O cabeçalho da ficha, assim como o de todas as outras fichas de coleta de dados, tem um bloco de identificação e controle da digitação, que é importante na organização do trabalho no nível local.

Figura 7.1 - Cabeçalho da Ficha de Visita Domiciliar e Territorial

Fonte: SAS/MS.

Quadro 7.1 – Identificação e controle da digitação

CAMPO ORIENTAÇÃO SOBRE O BLOCO/PREENCHIMENTO
DIGITADO POR Nome do profissional que digitou a ficha.
DATA Dia/mês/ano em que a digitação foi realizada no sistema.
CONFERIDO POR Nome do profissional que fez a supervisão do preenchimento da ficha.
FOLHA Nº Esse campo pode ser utilizado na organização do processo de trabalho do profissional que realizou o cadastro, através da inserção de numeração nas folhas.

Fonte: SAS/MS.

Os demais campos do cabeçalho são utilizados para identificar o profissional que realizou a visita domiciliar e territorial:

Figura 7.2 – Identificação do profissional e do estabelecimento de saúde

Fonte: SAS/MS.

Quadro 7.2 – Identificação do estabelecimento de saúde e do profissional

CAMPO ORIENTAÇÃO SOBRE O BLOCO/PREENCHIMENTO
CNS DO PROFISSIONAL** *** Número do Cartão Nacional de Saúde do profissional que realizou a visita domiciliar e territorial.
CBO** *** Código da Classificação Brasileira de Ocupação (CBO) do profissional que realizou a visita (ACS - 5151-05 ou ACE - 5151-40).
CNES** *** Código do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) da Unidade Básica de Saúde onde está lotado.
INE** *** Código Identificador Nacional de Equipes (INE) no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) do Ministério da Saúde, onde o profissional está lotado.
DATA** *** Anote o dia/mês/ano em que foram realizadas as visitas.

Fonte: SAS/MS.

* Campo de preenchimento obrigatório.

Além das informações que constam no cabeçalho de cada ficha, esta ainda possui campos que permitem a identificação do usuário, essenciais à individualização do registro, e a sinalização de realização de visita compartilhada. São eles:

Para aumentar o número de registros identificados, a partir da versão 3.2.20 é possível registrar CNS ou CPF do cidadão atendido.

Figura 7.3 – Identificação do usuário e visita compartilhada

Fonte: SAS/MS.

Quadro 7.3 – Identificação do usuário e visita compartilhada

CAMPO ORIENTAÇÃO SOBRE O BLOCO/PREENCHIMENTO
Em cada Ficha de Visita Domiciliar e Territorial, há possibilidade de registrar até 23 visitas.
TURNO* Turno em que foram realizados os atendimentos, sendo: M - manhã, T - tarde ou N - noite.
MICROÁREA* Preencha o número de 00 a 99 que identifique a microárea ou com FA para visita Fora de Área.
TIPO DE IMÓVEL* Preencha com o número que corresponda ao imóvel: 01 (Domicílio), 02 (Comércio), 03 (Terreno baldio), 04 (cemitério, borracharia, ferro-velho, depósito de sucata ou materiais de construção, garagem de ônibus ou veículo de grande porte), 05 (Escola), 06 (Creche), 07 (Abrigo), 08 (Instituição de longa permanência para idosos), 09(Unidade prisional), 10 (Unidade de medida sócio educativa), 11 (Delegacia), 12 (Estabelecimento religioso), 99 (Outros).
Nº PRONTUÁRIO Campo destinado ao número do prontuário da família, próprio do estabelecimento de saúde. Este campo é usado como referência da informação do paciente na própria unidade, para os casos em que seja necessário fazer verificação dos dados.
CNS ou CPF DO CIDADÃO Campo destinado ao número do Cartão Nacional de Saúde do cidadão ou do responsável familiar, os números são incluídos no sentido vertical. Para visita periódica ou visita para controle vetorial utilizar o CNS do Responsável Familiar.
DATA DE NASCIMENTO Informe o dia, mês e ano. Variável de verificação do número do CNS.
SEXO* Assinalar F – feminino ou M – masculino.
VISITA COMPARTILHADA COM OUTRO PROFISSIONAL Campo utilizado para identificar se a visita de um ACS ou ACE foi realizada com outro profissional. Marque um “X” na linha quando for o caso.

Fonte: SAS/MS.

* Campo de preenchimento obrigatório.

7.2 Motivo da visita

Os motivos da visita estão organizados de forma a facilitar o registro pelo ACS ou ACE, podendo estes, quando necessário, marcar mais de uma opção. É obrigatório identificar, pelo menos,uma opção.

Figura 7.4 – Motivo da visita domiciliar

Fonte: SAS/MS.

Quadro 7.4 – Motivo da visita

CAMPO ORIENTAÇÃO SOBRE O BLOCO/PREENCHIMENTO
CADASTRAMENTO/ATUALIZAÇÃO Campo destinado ao registro da ação de cadastro ou atualização de cadastro da Atenção Básica, que pode ser, cadastro individual (CNS do cidadão) ou cadastro domiciliar e territorial (CNS do responsável familiar).
VISITA PERIÓDICA Campo destinado ao registro da abordagem periódica realizada pelos ACS às famílias que não apresentam situações de saúde (doenças crônicas, fases da vida - gestante, criança, idoso) mas que são visitadas na rotina do ACS ou ACE. Para registrar a visita periódica, deve-se:
● NÚMERO DO CARTÃO SUS E DATA DE NASCIMENTO: registrar somente o número do CNS e data de nascimento do responsável familiar;
● MOTIVO DA CONSULTA: marcar o campo “Visita periódica”;
● DESFECHO: visita realizada.

ATENÇÃO! O preenchimento da ficha como abordagem familiar só será aceito no sistema como visita periódica.

Fonte: SAS/MS.

7.2.1 Busca Ativa

Quadro 7.5 – Motivo da visita – Busca ativa

CAMPO ORIENTAÇÃO SOBRE O BLOCO/PREENCHIMENTO
CONSULTA Busca de usuários para entrega de marcação de consulta, ou para cidadãos que faltaram à consulta agendada ou de cuidado continuado ou programada.
EXAME Entrega ou marcação de exames para o usuário.
VACINA Busca de usuários com situação vacinal atrasada ou para campanhas de vacinação.
CONDICIONALIDADES DO BOLSA FAMÍLIA Busca de usuários que fazem parte do Programa Bolsa Família e precisam estar em dia com a avaliação das condicionalidades do programa.

Fonte: SAS/MS.

7.2.2 Acompanhamento

Quadro 7.6 – Motivo de visita – Acompanhamento

CAMPO ORIENTAÇÃO SOBRE O BLOCO/PREENCHIMENTO
GESTANTE Acompanhamento de usuária gestante.
PUÉRPERA Acompanhamento de usuária puérpera.
RECÉM-NASCIDO Acompanhamento de recém-nascido.
CRIANÇA Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança.
PESSOA COM DESNUTRIÇÃO Acompanhamento de usuário com diagnóstico de desnutrição.
PESSOA EM REABILITAÇÃO OU COM DEFICIÊNCIA Acompanhamento de usuário em reabilitação ou com alguma deficiência que necessite de acompanhamento.
PESSOA COM HIPERTENSÃO Acompanhamento de usuário com hipertensão.
PESSOA COM DIABETES Acompanhamento de usuário com diabetes.
PESSOA COM ASMA Acompanhamento de usuário com asma.
PESSOA COM DPOC/ENFISEMA Acompanhamento de usuário com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou enfisema pulmonar.
PESSOA COM CÂNCER Acompanhamento de usuário com câncer.
PESSOA COM OUTRAS DOENÇAS CRÔNICAS Acompanhamento de usuários com outras doenças crônicas.
PESSOA COM HANSENÍASE Acompanhamento de usuário com hanseníase.
PESSOA COM TUBERCULOSE Acompanhamento de usuário com tuberculose.
SINTOMÁTICOS RESPIRATÓRIOS Acompanhamento de usuários que apresentam suspeita de tuberculose, com tosse persistente por mais de duas semanas.
TABAGISTA Acompanhamento de usuários tabagistas.
DOMICILIADOS/ACAMADOS Acompanhamento de usuários domiciliados ou acamados.
CONDIÇÕES DE VULNERABILIDADE SOCIAL Acompanhamento de usuário em condições de vulnerabilidade social.
CONDICIONALIDADES DO BOLSA FAMÍLIA Acompanhamento de usuário em relação às condicionalidades do Programa Bolsa Família.
SAÚDE MENTAL Acompanhamento de usuário com problema de saúde mental, exceto usuário de álcool ou outras drogas.
USUÁRIO DE ÁLCOOL Acompanhamento de usuário que faz uso prejudicial de álcool.
USUÁRIO DE OUTRAS DROGAS Acompanhamento de usuário que faz uso prejudicial de outras drogas (inclusive uso abusivo de medicamentos).
CONTROLE AMBIENTAL/VETORIAL AÇÃO EDUCATIVA - Preencha caso tenha realizado ação educativa junto aos usuários, com orientações sobre ações de controle ambiental/vetorial.
IMÓVEL COM FOCO - Preencha caso tenha sido identificado no imóvel algum foco do mosquito Aedes aegypti.
AÇÃO MECÂNICA - Preencha nos casos onde foi realizada remoção mecânica (manual ou utilizando outros objetos) do foco do mosquito.
TRATAMENTO FOCAL - Preencha nos casos onde foi realizado tratamento químico (com larvicida ou adulticida) onde há focos do mosquito.
EGRESSO DE INTERNAÇÃO Acompanhamento de usuários egressos de internação.
CONVITE ATIVIDADES COLETIVAS/CAMPANHA DE SAÚDE Convite a alguma atividade realizada pela equipe no território ou sob sua supervisão.
ORIENTAÇÃO/PREVENÇÃO Realização de orientações relacionadas às condições de saúde e situações apresentadas pelo cidadão ou para prevenção de agravos.
OUTROS Outras ações que não constam nas descrições acima.

Fonte: SAS/MS.

7.2.3 Controle ambiental/vetorial

As ações de controle ambiental/vetorial devem ser desenvolvidas e registradas pelo ACS ou ACE de modo a minimizar o risco de agravos à saúde da população e permitir o planejamento das equipes de saúde, a fim de efetivar a vigilância dos fatores de risco ambientais e sanitários, sobretudo no contexto das doenças relacionadas ao Aedes aegypti. Este bloco é de múltipla escolha.

Figura 7.5 – Controle ambiental/vetorial

Fonte: SAS/MS.

VISITA PERIÓDICA
O registro das visitas do ACS não será mais contabilizado por “famílias visitadas”, mas sim por “indivíduos visitados”. Indiretamente, será possível vincular estes indivíduos a seus núcleos familiares e calcular também quantas famílias foram visitadas. Esta nova forma de registro permite a individualização dos dados e maior detalhamento do alcance das ações deste profissional. A exceção está para as opções “Visita Periódica” e “Cadastramento/Atualização” quando for feito um cadastro domiciliar (seção específica da Ficha de Cadastro Domiciliar e Territorial).

Quando o motivo da visita for “Visita Periódica”, os campos “Cadastramento/Atualização”, “Busca Ativa”, “Acompanhamento” e “Egresso de Internação” não devem ser assinalados, porque compreendem ações vinculadas ao indivíduo, e não ao núcleo familiar. Nos casos de visita periódica, deve-se informar o CNS do responsável pelo núcleo familiar.

O cadastro/atualização não é uma visita periódica. Entende-se como motivo de visita “Cadastramento/Atualização” quando é realizado o cadastro ou a atualização do cadastro de Atenção Básica do cidadão, ou do responsável familiar, no caso de cadastro domiciliar. Nesse caso, deve ser registrado o CNS do cidadão.

Na visita domiciliar, realizada pelo ACS, para cidadão com alguma situação de saúde, o profissional deverá registrar o CNS da pessoa que está sendo acompanhada.

Por exemplo: em uma visita domiciliar identificou-se uma gestante, considerando que essa condição demanda acompanhamento, deverá ser registrado “Gestante”, como motivo da visita, e também de “Cadastramento/Atualização”, deixando de ser uma visita periódica. Então, deverão ser assinalados os dois campos.

7.3 Antropometria

Este campo é composto por informações que servem para o acompanhamento nutricional dos indivíduos visitados.

Figura 7.6 – Antropometria

Fonte: SAS/MS.

Quadro 7.7 – Antropometria

CAMPO ORIENTAÇÃO SOBRE O BLOCO/PREENCHIMENTO
PESO (KG) Anote o peso do usuário em quilogramas.
ALTURA (CM) Anote a altura do usuário em centímetros.

Fonte: SAS/MS.

7.4 Sinais Vitais

Este campo é composto por informações referentes as novas atribuições dos ACS de acordo com a Lei nº 13.595, de 5 de Janeiro de 2018, desde que tenha concluído o curso técnico, tenha disponíveis os equipamentos adequados e esteja sendo assistido por profissional de saúde de nível superior que seja membro da equipe.

Figura 7.8 – Sinais Vitais

Fonte: SAS/MS.

Quadro 7.8 – Sinais Vitais

CAMPO ORIENTAÇÃO SOBRE O BLOCO/PREENCHIMENTO
TEMPERATURA (°C) Anote a temperatura em graus Celsius do usuário em números inteiros ou decimais.
PRESSÃO ARTERIAL (mmHg) Anote a pressão arterial do usuário. Ex: 120/080

7.5 Glicemia

Este campo é composto por informação referente a nova atribuição dos ACS de acordo com a Lei nº 13.595, de 5 de Janeiro de 2018, desde que tenha concluído o curso técnico, tenha disponíveis os equipamentos adequados e esteja sendo assistido por profissional de saúde de nível superior que seja membro da equipe.

Figura 7.9 – Glicemia

Fonte: SAS/MS.

Quadro 7.9 – Glicemia

CAMPO ORIENTAÇÃO SOBRE O BLOCO/PREENCHIMENTO
GLICEMIA CAPILAR (mg/dl) Anote a glicemia capilar do usuário em números inteiros. Ex: 100.
MOMENTO DA COLETA Anote o número referente ao momento que realizou a glicemia capilar no usuário. Registre:
(0) Jejum;
(1) Pós prandial;
(2) Pré prandial e
(3) Não especificado.

7.6 Desfecho

Bloco utilizado para identificar o desfecho da visita domiciliar e territorial. Este campo é de preenchimento obrigatório (*).

Figura 7.10 – Desfecho**

Fonte: SAS/MS.

Quadro 7.10 – Desfecho

CAMPO ORIENTAÇÃO SOBRE O BLOCO/PREENCHIMENTO
VISITA REALIZADA Visita realizada conforme planejado pelo profissional, ao cidadão, domicílio, ou território.
VISITA RECUSADA Visita recusada pelo cidadão, impossibilitando realizar a ação pretendida.
AUSENTE O cidadão procurado estava ausente ou não foi possível contatá-lo.

Fonte: SAS/MS.

quando a visita for recusada ou o cidadão estiver ausente, o profissional deverá apontar um dos desfechos: “Visita recusada” ou “Ausente”, lembrando sempre de preencher a identificação do profissional, lotação e data, para que seja possível a inserção da ficha no sistema.


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